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domingo, 2 de junho de 2013

03/06/2013 

Seqüenciar o vírus permitirá curar 95% na Hepatite C a partir de 2015


95 % dos infectados com hepatite C se curarão a partir de 2015 graças à seqüência de vírus, conforme anunciou a EFE o doutor Rafael Esteban Mur, Chefe de Serviço de Medicina Interna e hepatologia do Hospital Universitário Vall d'Hebron da Espanha, e membro do grupo de enfermidades hepáticas do Vall d'Hebron Institut da Recerca (VHIR). 

Esteban Mur destacou que, até agora, as curas não superavam o 70 % mas com esta tecnologia de seqüência maciça a mudança será radical porque se pode subtipar o vírus e determinar se o paciente está infectado por mais de um subtipo de uma vez, além de identificar mutações de resistência aos medicamentos. 

Segundo este hepatologista, um dos grandes problemas associados à hepatite B e C é a enorme variabilidade que apresentam os vírus, que fazem que uma pessoa infectada tenha uma população muito diversa de variantes, com pequenas diferenças de um genoma a outro, que lhes dá um grande potencial para gerar mutantes de resistência e, portanto, falhar no tratamento. 

Até agora, as seqüências, que são como um antibiograma para vírus de hepatite B e C é realizado para saber que pacientes apresentam mutações resistentes iniciais, ou não, e se responderem ao tratamento. 

Remarcou que com esta técnica, junto com novos tratamentos orais mais eficazes que o interferon que se estão desenvolvendo a um preço similar aos atuais tratamentos, poderá se dar um medicamento ou outro em função dos dados que ofereça o teste, e a percentagem de cura se disparará dos 70 aos 95 % o que qualificou como revolucionário. 

Para este médico, a seqüência e as terapias combinadas é o futuro dos tratamentos já que permitem desenhar combinações de medicamentos mais efetivas, reduzir efeitos colaterais, melhorar as vias de administração e começar a tratar pacientes transplantados que até agora não se podia. 

Nestes pacientes transplantados, a reinfecção pelo vírus se produz em 100 % dos casos e, devido à imunossupressão, a infecção progride muito mais rapidamente que nos pacientes não transplantados, e tratar a estes pacientes com as novas combinações criará uma economia muito importante de custos e de efeitos colaterais. 

Em alguns casos a infecção se cura espontaneamente sem deixar seqüelas clínicas, mas em muitos casos, se cronifica, e quase um 30 % são infecções ativas e com um alto risco de evoluir para cirrose hepática e, posteriormente, para um câncer hepático. 

MEU COMENTÁRIO 

Admiro o Dr. Esteban por ser um dos mais experimentados pesquisadores em medicamentos para hepatite C. Fico feliz de ouvir que em 2015 até 95% dos infectados poderão se beneficiar com a cura da doença, mas chegar ao desenvolvimento das drogas não significará que em todos os países tais medicamentos estarão imediatamente disponíveis, pois conhecemos muito bem os entraves burocráticos para aprovação e inclusão nos sistemas públicos de saúde para que a população tenha acesso gratuito aos tratamentos, podendo em alguns países levar até mais de dois anos. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Agencia EFE - Diario ABC - 30 de mayo de 2013 - http://www.abc.es/agencias/noticia.asp?noticia=1427021 


Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

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