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segunda-feira, 31 de março de 2014

Hepatite - Silenciada por todos



Hepatite - Silenciada por todos
31/03/2014

Existem quatro grandes silêncios nas hepatites sendo o silencio dos infectados o mais preocupante, o mais perigoso, o pior dos vírus que pode atacar um ser humano. Quando a epidemia é silenciada pelos próprios infectados as notificações, os óbitos e os meios de comunicação continuarão "silenciosos" e os governos não precisarão se preocupar com o problema.


- O silencio nas notificações

Notificar as hepatites, pelo menos no Brasil e em muitos outros países é extremamente burocrático, complicado e demorado. É necessário completar tanta informação que muitos profissionais de saúde não possuindo o tempo necessário simplesmente não notificam. Muito provavelmente mais de 60% dos casos suspeitos de hepatites B e C não estão sendo notificados, não aparecendo nas estatísticas da saúde.

Para cada abertura de um caso suspeito é necessário se realizar a chamada busca ativa. Não é o profissional de saúde que deve fazer a busca ativa do caso, isso é função da vigilância epidemiológica municipal, mas como faltam funcionários muitas vezes não é realizada e se a busca ativa não é completada em seis meses a notificação que foi aberta vai simplesmente "cair" e não entrara nas estatísticas. Já se chegou ao ponto de vigilâncias epidemiológicas municipais devolverem a ficha ao medico, solicitando que ele procure realizar a busca ativa com os familiares e circulo social, um verdadeiro absurdo.

Saúde publica se faz para atender demanda. Se as notificações não são realizadas aparentemente o problema não existe e portanto não são necessárias grandes ações por parte do governo. Esconder a realidade parece ser um bom negocio para os governos.


- O silencio nos atestados de óbitos

Um problema no mundo todo. Noventa por cento dos infectados com hepatites ainda não foram diagnosticados, pior ainda, apos a morte de uma pessoa será que alguém vai fazer os testes das hepatites? Até em mortes de pacientes cirróticos é comum encontrar a causa da morte como falência generalizada dos órgãos, mas sem identificar a causa da cirrose.

A hepatite C é "sub-documentada" nos atestados de óbito de pessoas que morrem com a doença. De acordo com um relatório publicado na edição de 12 de fevereiro de 2014 da "Clinical Infectious Diseases" apenas cerca de 20% das pessoas com doença hepática crônica relacionada a hepatite C a doença não aparecia como uma das causas de morte, apesar de a maioria ter evidência de fibrose hepática moderada ou avançada.

Por tanto, se são poucas as mortes comprovadas por culpa da hepatite o problema também não aparece e não passa a ser um grave problema. Esconder a realidade parece ser um bom negocio para os governos.


- O silencio dos meios de comunicação

Muito pouco aparecem na mídia reportagens sobre as hepatites, um tema que ainda não despertou o interesse dos jornalistas. Raramente são realizadas na grande mídia campanhas de grande alcance esclarecendo sobre a doença e alertando sobre a necessidade da prevenção e da realização dos testes das hepatites.

Por tanto, se a hepatite também não aparece na mídia parecerá não se tratar de um grave problema. Esconder a realidade parece ser um bom negocio para os governos.


- O silencio dos infectados

A internet trouxe a comunicação e informação instantânea ao alcance de todos, inclusive informação sobre doenças pelo Dr. Google, mas esta provocando uma nova doença que eu chamo de individualismo nas relações sociais.

Até poucos anos atrás os pacientes procuravam os grupos de apoio para receber informações e isso os tornava participativos ativos nos movimentos reivindicatórios para receber atenção dos governos, mas na atualidade os infectados de uma doença se escondem no anonimato da internet para obter informações, esvaziando a participação social nas demandas coletivas, uma das piores coisas que poderiam acontecer no controle social.

O Grupo Otimismo está realizando um abaixo assinado utilizando a técnica antiga da folha de papel e solicitando aos voluntários que procurem levantar o maior numero de assinaturas. Muitos questionaram se não era mais fácil e pratico utilizar os sites da internet para abaixo assinados "on line", mas o objetivo, além de pressionar por novos medicamentos é o de tentar estimular a participação dos infectados se envolvendo diretamente, fazendo que sintam fazer parte do processo. Se fosse realizado pela internet todos continuaram "sentados" esperando que desconhecidos assinem a petição, mas não seria uma iniciativa dos maiores interessados: os pacientes.

Objetivamos com o abaixo assinados em papel sair do marasmo que tomou conta da população. É necessário sair da frente do computador e voltar a interagir socialmente com aqueles que compartilham dos mesmos problemas, é necessário trocar informação pessoalmente e quando necessário participar em grupo para obter melhorias no atendimento na saúde pública. Chegamos ao ponto critico que a falta de participação esvaziou a representatividade da maioria das associações de pacientes de AIDS e de hepatites, muitas das quais até deixaram de fazer reuniões pela falta de procura por parte dos infectados. Como lutar sem representatividade, qual a voz dessas associações? Isso pode até ser considerado um bom negocio para os governos, mas certamente não é nada bom para os pacientes que necessitam de ações positivas por parte dos governantes.

Por tanto, se levante da cadeira, não espere sentado chegar a morte, acorde antes que seja tarde e vamos voltar aos não tão velhos tempos de quando os problemas se discutiam em grupo presencial, em reuniões entre os próprios interessados. 

Espero e desejo que o abaixo assinado à moda antiga, no papel, possa contribuir para você recuperar sua cidadania e fazer valer sua voz.


sábado, 29 de março de 2014

Vacina

Vacina


Atualmente, existem vacinas para a prevenção das hepatites A e B. O Ministério da Saúde oferece vacina contra a hepatite B nos postos de saúde do SUS e contra a hepatite A nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Não existe vacina contra a hepatite C, o que reforça a necessidade de um controle adequado da cadeia de transmissão no domicílio e na comunidade, bem como entre grupos vulneráveis, por meio de políticas de redução de danos.
Vacina contra a hepatite A
A vacina contra a hepatite A não faz parte do calendário nacional de vacinação. O encaminhamento, quando indicado, deverá ser feito pelo médico. No entanto, essa vacina está disponível no CRIE nas seguintes situações:
. hepatopatias crônicas de qualquer etiologia;
. portadores crônicos das hepatites B ou C;
. coagulopatias;
. crianças menores de 13 anos com HIV/aids;
. adultos com HIV/aids que sejam portadores das hepatites B ou C;
. doenças de depósito (doenças genéticas);
. fibrose cística; 
. trissomias (como síndrome de Down); 
. imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; 
. candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; 
. transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; 
. doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas de transplantes; 
. hemoglobinopatias (doenças do sangue).
Vacina contra a hepatite B
A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação da criança, do adolescente e do adulto e está disponível nas salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS), que ampliou a oferta da vacina para a faixa etária de 30 a 49 anos. Além disso, todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Se a gestante tiver hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho. Caso não tenha sido possível iniciar o esquema vacinal na unidade neonatal, recomenda-se a vacinação na primeira visita à unidade pública de saúde.
A oferta dessa vacina estende-se, também, a outros grupos em situações de maior vulnerabilidade, independentemente da faixa etária:
. gestantes, após o primeiro trimestre de gestação;
. trabalhadores da saúde;
. portadores de doenças sexualmente transmissíveis (DST);
. bombeiros, policiais civis, militares e rodoviários;
. carcereiros de delegacia e de penitenciárias;
. coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
. comunicantes sexuais de portadores de hepatite B;
. doadores de sangue;
. homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo;
. lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais;
. pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, entre outras);
. manicures, pedicures e podólogos;
. populações de assentamentos e acampamentos;
. populações indígenas;
. potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos;
. profissionais do sexo/prostitutas;
. usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas;
. caminhoneiros.Fonte: 
http://www.aids.gov.br/pagina/vacina-hepatites

Saiba mais sobre a cobertura da vacina para hepatite B:
- Nota técnica Conjunta nº 02/2013
- Parecer técnico 4/2010 PDF [1,6 MB]

terça-feira, 25 de março de 2014


http://www.aids.gov.br/forumdeconsultaspublicas


Fórum de Consultas Públicas

As mudanças decorrentes da transição demográfica e epidemiológica e a ascensão de novas epidemias, a persistência de doenças que se encontravam sob controle e o aumento dos agravos crônicos não transmissíveis e transmissíveis, nos colocam frente a frente com o desafio de pensar novas estratégias para o SUS.
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Por que realizar esse Fórum?

Para alinhar a estratégia nacional da resposta e o estabelecimento de consensos sobre a dinâmica da epidemia de hepatites virais e de DST/Aids. Isso para que as DST/aids e hepatites virais ocupem lugar na agenda mundial e assim reposicionar as necessidades atuais em um patamar político e técnico, situando-as no contexto do movimento de fortalecimento da vigilância em saúde e de estruturação das redes de atenção.

Convite

Agenda das consultas

As consultas serão regionais e acontecerão durante os meses de novembro e dezembro do ano corrente: Região Norte: (AC, AP, RR, RO, AM, TO, PA) Região Nordeste I (BA, SE, AL, PE, PB) Região Nordeste II (RN, CE, MA, PI) Região Sudeste (SP, RJ, ES, MG) Região Sul (PR, SC, RS) Região Centro-Oeste (DF, GO, MT, MS)

Como funciona?

As consultas mobilizarão diferentes atores contando com a participação estimada de 750 pessoas. A indicação dos participantes será realizada pelo Departamento em articulação com as Coordenações Estaduais e com os movimentos sociais.
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Questões para discussão

Materiais de referência

Aqui você encontra artigos, decretos, portarias, entre outros, para apoiar a sua participação no Fórum de Consultas Públicas.
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Eixos e tópicos norteadores

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde transmite, ao vivo, o Fórum de Consultas Públicas Regional Nordeste II, (Fortaleza/CE). A consulta será realizada quarta e quinta-feira (26 e 27/03/2014), das 8h às 18h.
Programação do Fórum de Consultas da Região Nordeste II (Fortaleza/CE)
Datas:
26 de março de 2014 – Consulta HIV/Aids
27 de março de 2014 – Consulta Hepatites Virais B e C
Boas Vindas e Apresentação do Programa – 08h às 08h30
Apresentação do cenário da política de combate às DST, Aids e hepatites virais – 08h30 às 09h30
Debate: 09h30 às 10h30
Trabalho dos Grupos: 10h30 às 12h30
Almoço: 12h30 às 14h00
Plenária: 14h às 17h00
Encerramento: 17h00 às 17h30
Fonte: http://www.aids.gov.br/forumdeconsultaspublicas

DST, Aids e Hepatites Virais em debate na Região Nordeste



DST, Aids e Hepatites Virais em debate na Região Nordeste
Fortaleza será a primeira cidade do Nordeste e quinta do país a sediar encontro para discutir as políticas para o setor com representantes dos estados, dos municípios e da sociedade civil

A ampliação do tratamento da aids, o quadro local das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e das hepatites virais e a situação destas doenças na região Nordeste são os principais assuntos debatidos no fórum, realizado em Fortaleza (CE), nesta quarta (26) e quinta-feira (27). Promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, o evento tem como objetivo discutir os rumos da política de enfrentamento das DSTs, aids e hepatites virais nas diferentes regiões do país.
Este é o quinto encontro realizado pelo Ministério da Saúde com este mesmo objetivo. Já foram realizadas reuniões em Curitiba (Região Sul); em Belém (Região Norte); em Goiânia (Centro-Oeste) e em Belo Horizonte (Região Sudeste). Além de Fortaleza, a cidade de Aracaju (SE) vai sediar a segunda etapa da Região Nordeste, prevista para abril, com representantes da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Sergipe.
O fórum vai reunir pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes das secretarias municipais e estaduais de saúde dos estados da região. Durante os dois dias, serão debatidos temas referentes à aids, como o novo protocolo de tratamento clínico de adultos, lançado no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no final do ano passado. O documento estende o uso de antirretrovirais aos adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico. Os pacientes terão acesso aos medicamentos em todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença.
Também serão discutidas, durante o evento, as estratégias para intervenção entre populações vulneráveis (homens que fazem sexo com homens – HSH, gays, profissionais do sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua) e a construção da agenda de trabalho com as ações a serem desenvolvidas de forma integrada à atenção básica.
Segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, estes eventos são oportunidades para debater as ações de parcerias na área de prevenção e testagem. Ele cita, como exemplos, as inovações tecnológicas e as novas evidências científicas, que pautarão as ações do Governo, levando em conta as realidades regionais. “Com estes encontros promovemos a abertura ao diálogo democrático com todos aqueles que participam do enfrentamento às DST, aids e Hepatites virais no país” afirma o diretor.
HEPATITES - Ações com a atenção básica para a ampliação de acesso ao diagnóstico e aos insumos de prevenção às hepatites virais também serão debatidas durante o fórum. Serão traçadas, ainda, estratégias para simplificar o acesso ao tratamento das hepatites B e C, assim como o manejo das pessoas coinfectadas com HIV e aids, além medidas visando à ampliação da prevenção, testagem e oferta da vacina da hepatite B entre populações vulneráveis.
Na página do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (www.aids.gov.br), estão disponibilizados materiais que subsidiarão o fórum, como vídeo de apresentação da situação atual da epidemia DST/aids e das hepatites virais e as prioridades do Departamento, materiais de referência e um instrumento com os principais pontos a serem discutidos presencialmente. Para mais informações: fcp2013@aids.gov.br.
DADOS REGIONAIS - Desde o surgimento da epidemia (1980) a região Nordeste registrou 95.516 casos de Aids (13,9% do total de casos do Brasil - 686.478 -  no mesmo período. De acordo com o Boletim Epidemiológico de 2013, a região teve 7.971 casos em 2012 (no Brasil, 39.185 da doença foram notificados no mesmo ano). Quanto à taxa de detecção, o Nordeste apresentou, em 2012, 14,8 casos a cada 100 mil habitantes. A taxa nacional é de 20,2. Em 2012, o estado do Ceará registrou 1.211 casos de aids; Maranhão (1.118); Piauí (457); Rio Grande do Norte (407). Os dados são do Boletim Epidemiológico HIV/Aids, publicado em dezembro de 2013.
 http://www.aids.gov.br/noticia/2014/dst-aids-e-hepatites-virais-em-debate-na-regiao-nordeste
Por Luciano Demetrius, da Agência Saúde/Ascom-MS

sábado, 22 de março de 2014

Infectologista entra na casa do 'BBB 14' para esclarecer participantes sobre HIV/aids



Infectologista entra na casa do 'BBB 14' para esclarecer participantes sobre HIV/aids

Nessa quinta-feira, 20 de março, uma infectologista entrou no reality show "BBB14" para esclarecer os participantes do programa sobre HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Essa atitude contemplou o pedido do Ministério da Saúde, feito por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
O Departamento acredita que atitudes esclarecedoras como essas colaboram para o combate ao preconceito e à discriminação.