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domingo, 3 de novembro de 2013

Conferencia de prensa com o Presidente do AASLD 2013

Conferencia de prensa com o Presidente do AASLD 2013


Tive a grata oportunidade de participar de um pequeno grupo de jornalistas na conferencia de prensa com o Dr. Gregory Fitz, presidente da AASLD.  Durante 1 hora o Dr. Fitz apresentou e respondeu todos os questionamentos sobre as novidades e o futuro dos tratamentos nas hepatites.  Segue um resumo dos principais pontos colocados.

Quando perguntamos o porquê de focar a testagem da hepatite C na chamada geração “baby boomers” os dados mostram o acerto de tal medida. Estudo entre os veteranos de guerra americanos encontrou após testar em 2012 mais de 128.769 indivíduos que nos nascidos antes de 1945 a prevalência de anticorpos da hepatite C é de 1,7%, nos nascidos após 1965 a prevalência é de 1,1% e, nos nascidos entre 1945 e 1965 a prevalência é de 9,9%, motivo pelo qual e urgente testar essa faixa etária para encontrar maior número de infectados.

Outro estudo, da Universidade de Birminghan, realizou a confirmação dos testes por biologia molecular dos diagnosticados que tinham nascido entre 1945 e 1965 confirmando a infecção crônica em 71,4% dos positivos para anticorpos.

Mas pouco adianta encontrar os infectados se depois não recebem tratamento.  Considerando que dos 128.769 anti-hcv positivos, aproximadamente 91.900 estariam confirmados como realmente infectados cronicamente e assustador comprovar que somente 30.900 iniciaram algum tratamento e devido a interrupções por diversos motivos somente 5.200 obtiveram a cura.  É necessário esclarecer que aconteceram muitas interrupções devido a se tratar de ma população difícil de tratar por incluir muitos veteranos de guerra usuários de drogas, álcool ou problemas psicológicos, motivo pelo qual os números não podem ser extrapolados a população em geral.

Um estudo da Universidade da Califórnia encontrou que a cura consegue reduzir em 27% futuros problemas no fígado nos infectados e reduz a possibilidade de morte por causas relacionadas ao fígado em 47%.

Um estudo em fase 2 realizado em diversos centros médicos dos Estados Unidos com os medicamentos daclatasvir e asunaprevir incluindo 166 infectados com hepatite C e genótipo 1 em tratamento oral de somente 12 semanas, sem interferon ou ribavirina, obteve a cura de 92% do total dos pacientes tratados.  Entre os pacientes com cirrose a cura foi de 87%.  Os dados confirmam os obtidos no estudo realizado no Japão com os quais a Bristol-Myers Squibb já solicitou aprovação naquele país.

Também foi estimulante ficar sabendo os dados preliminares de um estudo realizado com 61 pacientes com cirrose compensada em espera de um transplante de fígado que antes do tratamento receberam tratamento oral com sofosbuvir e ribavirina durante 48 semanas.  Até o momento, dados de 12 semanas após o transplante, em 69% dos que antes do transplante tinham carga viral abaixo de 25 IU/ml continuam sem apresentar recidiva do vírus.

O presidente alertou para pesquisa realizada na Universidade de Hong Kong para que sejam controlados pacientes em tratamento com Rituximab devido ao ressurgimento de casos de hepatite B observados em pacientes HBsAg negativos e anti-HBc positivos, principalmente nos primeiros seis meses de tratamento.  O tratamento imediato com Entecavir conseguiu controlar a reativação da hepatite B em todos os casos.

Carlos Varaldoe-mail: hepato@hepato.com - e-mail opcional: grupootimismo@gmail.com
www.hepato.com

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