Conferencia de prensa com o Presidente
do AASLD 2013
Tive a grata oportunidade de participar
de um pequeno grupo de jornalistas na conferencia de prensa com o Dr. Gregory
Fitz, presidente da AASLD. Durante
1 hora o Dr. Fitz apresentou e respondeu todos os questionamentos sobre as
novidades e o futuro dos tratamentos nas hepatites. Segue um resumo dos principais pontos
colocados.
Quando perguntamos o porquê de focar a
testagem da hepatite C na chamada geração “baby boomers” os dados mostram o
acerto de tal medida. Estudo entre os veteranos de guerra americanos encontrou
após testar em 2012 mais de 128.769 indivíduos que nos nascidos antes de
1945 a
prevalência de anticorpos da hepatite C é de 1,7%, nos nascidos após
1965 a
prevalência é de 1,1% e, nos nascidos entre 1945 e 1965 a prevalência é de 9,9%,
motivo pelo qual e urgente testar essa faixa etária para encontrar maior número
de infectados.
Outro estudo, da Universidade de
Birminghan, realizou a confirmação dos testes por biologia molecular dos
diagnosticados que tinham nascido entre 1945 e 1965 confirmando a infecção
crônica em 71,4% dos positivos para anticorpos.
Mas pouco adianta encontrar os
infectados se depois não recebem tratamento. Considerando que dos 128.769 anti-hcv
positivos, aproximadamente 91.900 estariam confirmados como realmente infectados
cronicamente e assustador comprovar que somente 30.900 iniciaram algum
tratamento e devido a interrupções por diversos motivos somente 5.200 obtiveram
a cura. É necessário esclarecer que
aconteceram muitas interrupções devido a se tratar de ma população difícil de
tratar por incluir muitos veteranos de guerra usuários de drogas, álcool ou
problemas psicológicos, motivo pelo qual os números não podem ser extrapolados a
população em geral.
Um estudo da Universidade da Califórnia
encontrou que a cura consegue reduzir em 27% futuros problemas no fígado nos
infectados e reduz a possibilidade de morte por causas relacionadas ao fígado em
47%.
Um estudo em fase 2 realizado em
diversos centros médicos dos Estados Unidos com os medicamentos daclatasvir e
asunaprevir incluindo 166 infectados com hepatite C e genótipo 1 em tratamento
oral de somente 12 semanas, sem interferon ou ribavirina, obteve a cura de 92%
do total dos pacientes tratados. Entre os pacientes com cirrose a cura foi
de 87%. Os dados confirmam os
obtidos no estudo realizado no Japão com os quais a Bristol-Myers Squibb já solicitou aprovação naquele
país.
Também foi estimulante ficar sabendo os dados
preliminares de um estudo realizado com 61 pacientes com cirrose compensada em
espera de um transplante de fígado que antes do tratamento receberam tratamento
oral com sofosbuvir e ribavirina durante 48 semanas. Até o momento, dados de 12 semanas após
o transplante, em 69% dos que antes do transplante tinham carga viral abaixo de
25 IU/ml continuam sem apresentar recidiva do vírus.
O presidente alertou para pesquisa realizada na
Universidade de Hong Kong para que sejam controlados pacientes em tratamento com
Rituximab devido ao ressurgimento de casos de hepatite B observados
em pacientes
HBsAg negativos e anti-HBc positivos, principalmente nos
primeiros seis meses de tratamento.
O tratamento imediato com Entecavir conseguiu controlar a reativação da
hepatite B em todos os casos.
Carlos Varaldoe-mail: hepato@hepato.com - e-mail opcional: grupootimismo@gmail.com
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