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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Conforme o grau de fibrose, quem deveria tratar a hepatite C



Conforme o grau de fibrose, quem deveria tratar a hepatite C
04/11/2014

Uma avaliação precisa da fibrose é vital para avaliar a urgência do tratamento. O grau de fibrose hepática é o principal fator prognóstico usado para prever a progressão da doença e os resultados com o tratamento.

Aqueles com fibrose significativa (definida como Metavir F3 ou superior) devem ter prioridade para o tratamento em um esforço para diminuir o risco de consequências clínicas, tais como cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado.

Além de urgência para a terapia antiviral, os indivíduos com fibrose grave necessitam controle permanente para câncer de fígado, varizes de esôfago, e função hepática.

Embora a biópsia hepática seja o teste padrão, podem acontecer erros na amostragem e avaliação incorreta pelo patologista, especialmente quando ocorre a amostragem inadequada.

Os exames não invasivos incluem modelos que incorporam marcadores biológicos indiretos (exames de rotina), marcadores biológicos diretos (componentes da matriz extracelular produzida pelas células estreladas hepáticas ativadas) e controlado por elastografia transitória. Nenhum desses métodos é reconhecido de ter alta precisão e cada teste deve ser interpretado com cuidado.

A elastografia transitória é uma forma não invasiva para medir a rigidez do fígado e se correlaciona bem com a medição da fibrose inicial (leve) ou cirrose em pacientes com hepatite C. Um valor de corte de 8,7 kPa se correlaciona com Metavir F2 ou superior; maior que 9,5 kPa com F3; e 14,5 kPa ou superior, com F4 ou cirrose.

A abordagem mais eficiente para avaliação de fibrose é combinar biomarcadores diretos e comparar com o resultado da elastografia transitória.

A biópsia deve ser considerada em qualquer paciente com resultados discordantes entre duas modalidades que afetem a tomada de decisão clínica. Por exemplo, um método mostra cirrose e o outro não.

Quando o tratamento não é indicado, é especialmente importante monitorar os pacientes. Entre os indivíduos com estágios menos avançados de fibrose, a progressão da fibrose ao longo do tempo vai ajudar a determinar a necessidade de tratamento. A progressão da fibrose varia consideravelmente entre os indivíduos com base na situação clínica de cada infectado, fatores ambientais e fatores virais. A fibrose não avança de forma linear.

Em pessoas com 50 anos ou mais a fibrose pode progredir lentamente durante muitos anos seguidos, mas a qualquer momento pode acontecer uma aceleração da progressão da fibrose. Outros podem nunca desenvolver fibrose hepática significativa, apesar de ter a infecção de longa data. Resultados de fibrose com graus de atividade maiores na biópsia do fígado e dos valores das transaminases mais elevadas está associado a uma progressão mais rápida da fibrose.

O uso crônico de álcool é um fator de risco importante, pois o consumo de álcool tem sido associado a uma progressão mais rápida da fibrose. Fumar também pode levar a uma progressão mais rápida da fibrose.

Fatores do paciente, como o sexo masculino, maior duração da infecção e maior idade no momento da infecção podem ocasionar a progressão mais rápida da fibrose. Muitos pacientes têm doenças como esteatose, resistência a insulina ou se encontram acima do peso, todos esses fatores podem acelerar a progressão da fibrose.

Imunossupressão leva a mais rápida progressão da fibrose, particularmente na co-infecção HIV, assim como nos transplantados de órgãos.

A carga viral não está altamente correlacionada com a fase da doença (o grau de inflamação ou fibrose).

Os dados disponíveis sugerem que a progressão da fibrose ocorre mais rapidamente em pacientes com genótipo 3 da hepatite C..
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