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terça-feira, 25 de março de 2014

DST, Aids e Hepatites Virais em debate na Região Nordeste



DST, Aids e Hepatites Virais em debate na Região Nordeste
Fortaleza será a primeira cidade do Nordeste e quinta do país a sediar encontro para discutir as políticas para o setor com representantes dos estados, dos municípios e da sociedade civil

A ampliação do tratamento da aids, o quadro local das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e das hepatites virais e a situação destas doenças na região Nordeste são os principais assuntos debatidos no fórum, realizado em Fortaleza (CE), nesta quarta (26) e quinta-feira (27). Promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, o evento tem como objetivo discutir os rumos da política de enfrentamento das DSTs, aids e hepatites virais nas diferentes regiões do país.
Este é o quinto encontro realizado pelo Ministério da Saúde com este mesmo objetivo. Já foram realizadas reuniões em Curitiba (Região Sul); em Belém (Região Norte); em Goiânia (Centro-Oeste) e em Belo Horizonte (Região Sudeste). Além de Fortaleza, a cidade de Aracaju (SE) vai sediar a segunda etapa da Região Nordeste, prevista para abril, com representantes da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Sergipe.
O fórum vai reunir pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes das secretarias municipais e estaduais de saúde dos estados da região. Durante os dois dias, serão debatidos temas referentes à aids, como o novo protocolo de tratamento clínico de adultos, lançado no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no final do ano passado. O documento estende o uso de antirretrovirais aos adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico. Os pacientes terão acesso aos medicamentos em todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença.
Também serão discutidas, durante o evento, as estratégias para intervenção entre populações vulneráveis (homens que fazem sexo com homens – HSH, gays, profissionais do sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua) e a construção da agenda de trabalho com as ações a serem desenvolvidas de forma integrada à atenção básica.
Segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, estes eventos são oportunidades para debater as ações de parcerias na área de prevenção e testagem. Ele cita, como exemplos, as inovações tecnológicas e as novas evidências científicas, que pautarão as ações do Governo, levando em conta as realidades regionais. “Com estes encontros promovemos a abertura ao diálogo democrático com todos aqueles que participam do enfrentamento às DST, aids e Hepatites virais no país” afirma o diretor.
HEPATITES - Ações com a atenção básica para a ampliação de acesso ao diagnóstico e aos insumos de prevenção às hepatites virais também serão debatidas durante o fórum. Serão traçadas, ainda, estratégias para simplificar o acesso ao tratamento das hepatites B e C, assim como o manejo das pessoas coinfectadas com HIV e aids, além medidas visando à ampliação da prevenção, testagem e oferta da vacina da hepatite B entre populações vulneráveis.
Na página do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (www.aids.gov.br), estão disponibilizados materiais que subsidiarão o fórum, como vídeo de apresentação da situação atual da epidemia DST/aids e das hepatites virais e as prioridades do Departamento, materiais de referência e um instrumento com os principais pontos a serem discutidos presencialmente. Para mais informações: fcp2013@aids.gov.br.
DADOS REGIONAIS - Desde o surgimento da epidemia (1980) a região Nordeste registrou 95.516 casos de Aids (13,9% do total de casos do Brasil - 686.478 -  no mesmo período. De acordo com o Boletim Epidemiológico de 2013, a região teve 7.971 casos em 2012 (no Brasil, 39.185 da doença foram notificados no mesmo ano). Quanto à taxa de detecção, o Nordeste apresentou, em 2012, 14,8 casos a cada 100 mil habitantes. A taxa nacional é de 20,2. Em 2012, o estado do Ceará registrou 1.211 casos de aids; Maranhão (1.118); Piauí (457); Rio Grande do Norte (407). Os dados são do Boletim Epidemiológico HIV/Aids, publicado em dezembro de 2013.
 http://www.aids.gov.br/noticia/2014/dst-aids-e-hepatites-virais-em-debate-na-regiao-nordeste
Por Luciano Demetrius, da Agência Saúde/Ascom-MS

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