DST, Aids e Hepatites Virais em debate na Região
Nordeste

Fortaleza
será a primeira cidade do Nordeste e quinta do país a sediar encontro para
discutir as políticas para o setor com representantes dos estados, dos
municípios e da sociedade civil
A
ampliação do tratamento da aids, o quadro local das doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) e das hepatites virais e a situação destas doenças na
região Nordeste são os principais assuntos debatidos no fórum, realizado em
Fortaleza (CE), nesta quarta (26) e quinta-feira (27). Promovido pelo
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, o evento
tem como objetivo discutir os rumos da política de enfrentamento das DSTs, aids
e hepatites virais nas diferentes regiões do país.
Este é o
quinto encontro realizado pelo Ministério da Saúde com este mesmo objetivo. Já
foram realizadas reuniões em Curitiba (Região Sul); em Belém (Região Norte); em
Goiânia (Centro-Oeste) e em Belo Horizonte (Região Sudeste). Além de Fortaleza,
a cidade de Aracaju (SE) vai sediar a segunda etapa da Região Nordeste,
prevista para abril, com representantes da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba
e Sergipe.
O fórum
vai reunir pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes
das secretarias municipais e estaduais de saúde dos estados da região. Durante
os dois dias, serão debatidos temas referentes à aids, como o novo protocolo de
tratamento clínico de adultos, lançado no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no
final do ano passado. O documento estende o uso de antirretrovirais aos adultos
com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do
sistema imunológico. Os pacientes terão acesso aos medicamentos em todo o
Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, além do Brasil, apenas França e
Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos,
independente do estágio da doença.
Também serão
discutidas, durante o evento, as estratégias para intervenção entre populações
vulneráveis (homens que fazem sexo com homens – HSH, gays, profissionais do
sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de
liberdade e pessoas em situação de rua) e a construção da agenda de trabalho
com as ações a serem desenvolvidas de forma integrada à atenção básica.
Segundo o
diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde,
Fábio Mesquita, estes eventos são oportunidades para debater as ações de
parcerias na área de prevenção e testagem. Ele cita, como exemplos, as
inovações tecnológicas e as novas evidências científicas, que pautarão as ações
do Governo, levando em conta as realidades regionais. “Com estes encontros
promovemos a abertura ao diálogo democrático com todos aqueles que participam
do enfrentamento às DST, aids e Hepatites virais no país” afirma o diretor.
HEPATITES - Ações com a atenção básica
para a ampliação de acesso ao diagnóstico e aos insumos de prevenção às
hepatites virais também serão debatidas durante o fórum. Serão traçadas, ainda,
estratégias para simplificar o acesso ao tratamento das hepatites B e C, assim
como o manejo das pessoas coinfectadas com HIV e aids, além medidas visando à ampliação
da prevenção, testagem e oferta da vacina da hepatite B entre populações
vulneráveis.
Na página
do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (www.aids.gov.br),
estão disponibilizados materiais que subsidiarão o fórum, como vídeo de
apresentação da situação atual da epidemia DST/aids e das hepatites virais e as
prioridades do Departamento, materiais de referência e um instrumento com os
principais pontos a serem discutidos presencialmente. Para mais informações: fcp2013@aids.gov.br.
DADOS
REGIONAIS - Desde
o surgimento da epidemia (1980) a região Nordeste registrou 95.516 casos de
Aids (13,9% do total de casos do Brasil - 686.478 - no mesmo período. De
acordo com o Boletim Epidemiológico de 2013, a região teve 7.971 casos em 2012
(no Brasil, 39.185 da doença foram notificados no mesmo ano). Quanto à taxa de
detecção, o Nordeste apresentou, em 2012, 14,8 casos a cada 100 mil habitantes.
A taxa nacional é de 20,2. Em 2012, o estado do Ceará registrou 1.211 casos de
aids; Maranhão (1.118); Piauí (457); Rio Grande do Norte (407). Os dados são do
Boletim Epidemiológico HIV/Aids, publicado em dezembro de 2013.
http://www.aids.gov.br/noticia/2014/dst-aids-e-hepatites-virais-em-debate-na-regiao-nordeste
Por
Luciano Demetrius, da Agência Saúde/Ascom-MS
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