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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A bandeira da hepatite chega a Brasília na quinta-feira!



01/12/2014
A bandeira da hepatite chega a Brasília na quinta-feira!


No dia 4 de dezembro, às 12.00 horas estaremos abrindo a bandeira em sinal de apoio a atual gestão nas hepatites, abraçando o prédio do Departamento DST/AIDS/HEPATITES (SAF Sul Trecho 02, Bloco F, Torre 1 Edifício Premium, 70070-600 - Brasília/DF - Atrás do anexo do ministério da saúde). Se for possível a você, apareça, compareça, participe! A união faz a força!

À continuação levaremos a bandeira para a frente do Ministério da Saúde, onde protocolaremos um Oficio endereçado ao Ministro Arthur Chioro para que apele na ANVISA (e na CONITEC) para uma imediata aprovação.

Esse ato tem por finalidade, também, pressionar a ANVISA, em razão da inexplicável demora burocrática para a efetiva aprovação e registro de três novos medicamentos (sofosbuvir, simeprevir e daclatasvir), para que possam ser incorporados no SUS e distribuídos gratuitamente aos portadores.
Entendendo o porquê da indignação dos infectados e do povo brasileiro:


O Ministério da Saúde, após inúmeras tratativas, obteve um desconto de 93% sobre o preço praticado nos Estados Unidos.

Assim, o custo para o SUS por paciente tratado de hepatite C com os novos medicamentos, de uso oral, passa a ter uma redução de aproximadamente 60% em relação ao atual tratamento triplo da hepatite C. Melhor ainda, enquanto o tratamento atual consegue curar 60% dos pacientes os novos medicamentos curam entre 90 e 95% dos pacientes tratados.

Incorporando esses medicamentos no SUS, com o mesmo orçamento atual será possível aumentar a oferta atual de 12.600 tratamentos/ano para 30.000 tratamentos/ano, isso sem necessidade de aumentar sequer um centavo no orçamento. Melhor ainda, se hoje resultam curados aproximadamente 6.500 pacientes, com um tratamento longo e sofrido de 48 semanas, com os novos medicamentos a cura estará beneficiando entre vinte e vinte e cinco mil pacientes, em tratamento de somente 12 semanas e com mínimos efeitos colaterais. Considere-se também a economia da não utilização de recursos, inclusive hospitalares, para o manuseio dos eventos adversos, sem falarmos nos impactos da redução de transplantes e re-transplantes hepáticos e suas complicações.

Esses medicamentos, já aprovados há pelo menos um ano pelas agencias reguladoras dos principais países do mundo e com recomendações expressas da Organização Mundial da Saúde, da Associação Americana para o Estudo do Fígado (AASLD) e pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA), ambas dos Estados Unidos da América e da Associação Europeia para o Estudo do Fígado (EASL), da Europa, inexplicavelmente ainda não estão aprovados no Brasil. A demora da ANVISA pune o paciente, o governo e o SUS. Incentiva, lamentavelmente, que os pacientes recorram a justiça, com todos os malefícios decorrentes da judicialização na saúde.
A demora da ANVISA nessa aprovação e inadmissível

A bandeira, totalmente assinada por infectados, familiares e simpatizantes da causa foi confeccionada pelo trabalho de voluntários de todo o Brasil e juntos estaremos em Brasília, aplaudindo e protestando ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo que denunciamos os entraves burocráticos, queremos fortalezar o ministério da saúde na luta por novos tratamentos. Isso é ativismo e advocacy.
Lutamos por nossos direitos, lutamos pela vida.




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