Publicado: 30 Março 2015
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
concedeu nesta segunda-feira (30) o registro do sofosbuvir, indicado para o
tratamento da hepatite C crônica. Este é o terceiro medicamento aprovado pela
agência em 2015, após o registro do daclatasvir – em janeiro –, e do simeprevir
– em março. Juntos, eles compõem um novo e eficiente tratamento para a doença
disponível no mundo, com um percentual de cura de cerca de 90%. A expectativa é
que os medicamentos sejam disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS)
até o final deste ano. O Brasil será um dos primeiros países a adotar as novas
tecnologias na rede pública de saúde.
Os medicamentos receberam prioridade de análise na
agência por serem de interesse estratégico para as políticas de tratamento da
hepatite do Ministério da Saúde. A avaliação para a concessão do registro teve
duração entre cinco e oito meses. As novas opções terapêuticas proporcionam
tempo reduzido de tratamento – de um ano, em média, para três meses –, redução
da quantidade de comprimidos, além da vantagem de serem de uso oral. A
expectativa é que o novo tratamento beneficie 60 mil pessoas nos próximos dois
anos.
“Essas importantes incorporações reforçam o
compromisso do Ministério da Saúde em ofertar o melhor tratamento disponível
para os pacientes com hepatite C e consolidam a política de tratamento da
doença que vem sendo desenvolvida pela pasta. Por isso, foi feito o pedido de
prioridade de análise, tanto na Anvisa quanto na Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)”, explicou o Diretor do
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio
Mesquita.
A comissão garante a proteção do cidadão com
relação ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência
clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos. O sofosbuvir foi
aprovado pela Anvisa na forma farmacêutica comprimido e concentração de 400mg.
A concessão do registro permite que o medicamento seja comercializado no
Brasil.
A DOENÇA - A hepatite C é causada pelo vírus C
(HCV). A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de
sangue, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de
higiene pessoal - como lâminas de barbear e depilar -, alicates de unha, além
de outros objetos contaminados com o vírus utilizados na confecção de tatuagem
e colocação de piercings. Há também transmissão vertical (de mãe para filho) e
sexual.
Estimativas indicam que cerca de 3% da população
mundial pode ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção crônica, o que
corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, calcula-se que 1,4 a 1,7
milhão de pessoas estejam infectadas pelo vírus, sendo a maior parte na faixa
etária dos 45 anos ou mais. Muitos desconhecem o diagnóstico, já que a doença é
silenciosa e apresenta sintomas em fases avançadas.
O Brasil é um dos únicos países em desenvolvimento
no mundo que oferece prevenção, diagnóstico e tratamento universal para as
hepatites virais em sistemas públicos e gratuitos de saúde. O país comandou a
criação de um Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais (28 de julho) e
lidera o movimento global de enfrentamento da doença.
Fonte: Nivaldo Coelho / Agência Saúde
http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=35356&catid=564&Itemid=101
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